Historic Rio Negro Palace facade in black and white, Rio de Janeiro, Brazil.

Rio: PM usa câmeras corporais em 100% das operações

Rio de Janeiro – A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) alcançou, neste sábado (30), a marca de 100% das operações policiais com o uso de câmeras corporais. O programa, iniciado há dois anos, equipa todos os agentes em serviço com os dispositivos, registrando áudio e vídeo de suas interações com a população.

Transparência e Redução da Letalidade

O objetivo principal da iniciativa é aumentar a transparência nas ações policiais e, consequentemente, reduzir a letalidade. Dados preliminares do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam para uma queda de 35% nos casos de mortes decorrentes de intervenção policial nas áreas onde as câmeras foram implementadas inicialmente.

“Acreditamos que a câmera inibe tanto o excesso por parte do policial quanto a agressão por parte do cidadão”, afirma o Coronel Silva Neto, comandante-geral da PMERJ. “É uma ferramenta importante para a garantia dos direitos de todos”.

Desafios e Próximos Passos

Apesar dos resultados positivos, o programa enfrenta desafios. Um deles é o armazenamento e análise do grande volume de dados gerado pelas câmeras. A PMERJ investiu em um sistema robusto de armazenamento em nuvem e está desenvolvendo ferramentas de inteligência artificial para auxiliar na identificação de padrões e situações de risco.

Outro desafio é a resistência de parte da tropa, que alega que as câmeras dificultam o trabalho policial. A PMERJ tem intensificado o treinamento dos agentes sobre o uso correto dos equipamentos e os benefícios do programa.

Impacto na Sociedade

O uso generalizado de câmeras corporais pela PMERJ é visto como um passo importante para a construção de uma polícia mais transparente e responsável. A expectativa é que a medida contribua para o fortalecimento da confiança da população na instituição e para a redução da violência.

  • A iniciativa da PMERJ é pioneira em âmbito nacional, servindo de modelo para outros estados.
  • Especialistas em segurança pública defendem a expansão do uso de câmeras corporais em outras forças policiais.
  • A sociedade civil acompanha de perto os resultados do programa e cobra a sua ampliação e aprimoramento.

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