Aumentam Denúncias de Violência Obstétrica no SUS em 2025
Um aumento alarmante no número de denúncias de violência obstétrica em hospitais e maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) foi registrado em 2025. Dados inéditos revelados por organizações de direitos humanos e confirmados pelo Ministério da Saúde indicam um crescimento de 45% nas queixas em relação ao ano anterior. O fenômeno acende um alerta sobre a persistência de práticas desumanas durante o parto, apesar dos avanços nas políticas de humanização e dos esforços de conscientização.
O que é Violência Obstétrica?
A violência obstétrica engloba uma série de ações e omissões que ocorrem durante a gravidez, parto e pós-parto, que causam danos físicos ou psicológicos à mulher. Isso pode incluir agressões verbais, procedimentos realizados sem consentimento, negligência, humilhação, discriminação e até mesmo a recusa em prestar atendimento adequado. Práticas como a episiotomia (corte no períneo) sem justificativa médica e a manobra de Kristeller (pressão sobre a barriga da mãe) são exemplos comuns.
Falta de Fiscalização e Punição
Especialistas apontam a falta de fiscalização e a impunidade como os principais fatores que contribuem para a perpetuação da violência obstétrica. Muitas vezes, as denúncias não são devidamente investigadas e os profissionais de saúde envolvidos não são responsabilizados. Essa situação gera um ciclo de impunidade que encoraja a continuidade das práticas abusivas.
“Precisamos de mecanismos mais eficazes de fiscalização e de punição para os casos de violência obstétrica”, afirma Ana Paula Oliveira, coordenadora da Rede Nacional de Parteiras Tradicionais. “É fundamental que as mulheres se sintam seguras para denunciar e que as autoridades tomem as medidas cabíveis para garantir que seus direitos sejam respeitados.”
Impacto nas Mulheres e Bebês
As consequências da violência obstétrica podem ser devastadoras para a saúde física e mental das mulheres e de seus bebês. Além do trauma psicológico, as vítimas podem sofrer complicações físicas, como infecções, incontinência urinária e fecal, e dificuldades na amamentação. Os bebês também podem ser afetados, apresentando problemas de desenvolvimento e dificuldades de vínculo com a mãe.
O que fazer em caso de violência obstétrica:
- Denuncie à ouvidoria do hospital ou maternidade.
- Registre um boletim de ocorrência na delegacia da mulher.
- Procure apoio jurídico para buscar reparação por danos morais e materiais.
- Busque apoio psicológico para lidar com o trauma.



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